Privatizar ou não a vírgula?

Uma declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deu mais munição à belicosa campanha eleitoral, cheia de mal-entendidos, senões, desmentidos, inverdades.

Segundo a notícia do portal Terra, “O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso divulgou nota nesta terça-feira na qual afirma que houve um mal-entendido sobre sua posição quanto ao controle da Petrobrás e do Banco do Brasil. Em entrevista à rádio CBN, pela manhã, FHC teria dito não ser contrário à privatização das duas instituições.” Segundo ele explicou, a confusão se deveu a um cacoete dele e à falha na transcrição da entrevista. A nota oficial dele diz, em certo trecho:

Perguntado sobre a onda de desinformação e terrorismo eleitoral em torno do assunto das privatizações, declarei textualmente: ‘Isto é demagogia. Ninguém vai privatizar a Petrobras. Eu disse isso quando foi feita a Lei (que flexibilizou o monopólio estatal no setor). Eu mandei uma carta ao Senado. Eu não (e aqui caberia a vírgula ou o ponto e vírgula que ficou faltando para dar sentido à frase), sou contrário à privatização da Petrobras. Ela deve ser outra coisa: uma empresa pública.

Pois é. Que falta uma vírgula faz! Na verdade, o melhor ali, considerando a duração necessária da pausa, seria o ponto-e-vírgula (FHC esqueceu dos hífens).

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