Segundo a revista SuperInteressante, ela tem várias.
Mas, de acordo com absolutamente todas as imagens de avestruz que você pode encontrar, ela só tem uma. Como todos os animais (normais).
O fato do substantivo “avestruz” estar no plural não justifica o uso de plural “cabeças”. Quando se trata de elemento unitário, concreto ou subjetivo, no indivÃduo (cabeça, coração, alma, vontade, amor, etc.), a menção a ele permanece no singular sempre. Note que ninguém, absolutamente ninguém, diz: “Os nossos futuros estão diante dos nossos narizes” ou: “Conseguimos matar as nossas fomes e os nossos estômagos estão cheios”.
A redação correta seria a mais simples: Avestruz enterra a cabeça na areia. Nem o possessivo é necessário; afinal, ninguém pensaria que o bicho gostar de enterrar a cabeça alheia na areia. Veja esse outro exemplo.
Falei desse assunto também neste artigo. Confira.
Abraço.
hahahaha… é bem por aà mesmo. Pior que vejo revisores, quando recebem um texto pra revisar, pedindo que se “consertem” colocações corretas como as desses exemplos que você deu. Então, definitivamente alguns realmente não sabem disso.
Pois é, Mari… Muita gente que não entende da lÃngua dando palpite… ou ordens, o que é pior.
Mas resista bravamente! O mundo precisa de revisores que não dêem trégua aos maus escritores (ou chefes…).
Abraço.
Ah… Mas dizem sim “nossos estômagos”: http://www.sitemedico.com.br/site/espaco-medico/artigos/6786-amalgama-o-perigo-esta-em-nossas-bocas (tá bom, “nossas bocas”). E eu já ouvi frases assim aos montes.
Tem médico (e revisor) que está tratando gente com duas bocas. Devem ser médicos aparentados aos veterinários que cuidam das avestruzes de duas cabeças.