Mais tropeços na regência

Como comentei em artigo anterior, há muita gente tropeçando na regência dos verbos. Na linguagem informal oral, isso passa batido, não causa muito mal-estar. Mas quando o erro está escrito, e escrito por quem tem obrigação de escrever corretamente, a coisa muda de figura.

Vejam mais dois exemplos de cochilada com a regência.

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A Abril errou bem feio aqui. Um das formas corretas, que respeita a regência do verbo, é: “Veja a música da cantora cuja letra muita gente confunde”. Ou: “Veja a letra da música da cantora que causa confusão em muita gente”.

Você sugere outra?

Mais um exemplo. Na verdade, são dois no mesmo texto, provando que o autor acredita ser essa forma correta de escrever.

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No artigo do UOL, sobre a possibilidade de celular ser infectado via carregador, o redator escorrega feio na regência. Forma correta? “Cuja procedência você desconheça”, ou: “De procedência desconhecida”.

Regência verbal é uma área pantanosa, que exige atenção e estudo. Não confie no ouvido, pois muito provavelmente ele esteja acostumado com as formas equivocadas vistas nestes dois artigos. E se você acha que isso não é muito importante, saiba: no último concurso público para escrevente da Justição de SP, a primeira questão da prova era de… regência verbal. E envolvendo uma frase exatamente como a mencionada no artigo anterior.

Era assim: devia-se completar a frase, tirada de uma tirinha: “Eu queria que o mundo fosse um lugar ________ todo mundo fosse igual.” E uma das alternativas, obviamente, era “que”. De acordo com o Yahoo e com aquela vaga de emprego, essa seria a certa. A alternativa correta, é claro, era “em que”.

Você tem dúvida sobre a regência de algum verbo? Tropeça com freqüência em alguma? Desabafe conosco nos comentários.

Abraço.

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